Quando o assunto é a legalização do porte de armas para qualquer cidadão do Brasil, o que vem em mente como referência é os Estados Unidos. Apesar da taxa de homicídio nos Estados Unidos ser 5 vezes menor que a do Brasil, dentre os países desenvolvidos, ele é o mais violento. Nos EUA há muitas cidades que são bastante pacatas e outras que fariam inveja a cidades como Natal e Mossoró. Lá, o número de homicídios não premeditados é maior. Com o acesso fácil de uma arma e um rixa qualquer, o cidadão de bem acaba não pensando muito antes de apertar o gatilho. Mas isso não se trata de uma regra. Existem países que o aumento de armas propiciou uma diminuição da criminalidade. São exemplos disso países como Canadá e o Uruguai. Porém, na contramão, países como o Japão onde a média de armas por habitantes é baixíssima, tem uma média de homicídios que o coloca entre os mais pacíficos. Existem muitas coisas para serem resolvidas num país tão caótico como o Brasil e a principio facilitar o acesso de armas para qualquer cidadão talvez não seja o primeiro passo ideal. Há uma grande incógnita nos resultados que isso geraria, mesmo que uma grande parcela da população considere o porte de armas como um saída eficaz para a criminalidade desmedida. Dilemas à parte, a corrupção ainda continua como propulsor de todo o caos e sensação de insegurança em qualquer lugar. A falta de políticas sociais e infraestrutura nas periferias tem sido colocados como propulsores. Estudos tem mostrado que em cidades que o desemprego aumentou, a violência cresceu de forma proporcional. E mesmo sendo repetitivo, é crucial cuidar das periferias. Não é possível baixar a criminalidade com um desequilíbrio social evidente. As 217 mortes em Mossoró até agora foram produto de governos cada vez mais decadentes e obsoletos. O eleitor no próximo ano terá mais uma vez a oportunidade de mudar essa realidade, mesmo que o cidadão ainda não tenha o direito de andar armado, mas que a justiça esteja mais presente e que a utopia da mudança desapareça.
Angelo Vale
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