Não nasci em Areia Branca, mas já moro aqui cerca de 30 anos, e me sinto profundamente parte desse lugar. lembro que num determinado momento alguns entoavam um hino de eleição: "No Mel, no Cristóvão e na Redonda.." Aquela música enfatizava os vilarejos que pertenciam ao município de Areia Branca. Nessa época não existia oficialmente o município de Porto do Mangue que atualmente é adjacente ao de Areia Branca. Os cidadãos de Areia Branca se orgulhavam das belezas naturais que se estendem da Praia do Meio até a Praia de Ponta do Mel e principalmente da belas falésias onde foi cenário para um filme global que contava a conhecida história de Jesus. Depois do filme, ficaram as cruzes remanescentes. Nas redes sociais começaram um embate sobre qual município teria direito a área das falésias onde se encontram as cruzes e com muita informação sem fontes e jogadas como forma de irritar e criar desavenças entre os moradores de ambas as cidades, chegando a um nível não condizente com o caráter dos bons cidadãos dos dois municípios. E através desse embate em redes sociais que muitos tomaram conhecimento de uma ação movida pelo município de Porto do Mangue desde 2015, ou seja, data bem próxima da emancipação do município. Pois bem, quem conhece o mapa politico dessa região desenvolvido com ajuda do IBGE, essa pequena parte de território (cerca de 2 km) sempre esteve dentro dos limites de Areia Branca. Tentei contatar alguém que pudesse fornecer mais informações sobre os critérios que levaram a origem do processo mas não consegui. Segundo como vem demonstrado abaixo um resumo do processo inconcluso, leva a crer que seja uma ação em relação a campos de petróleos e portanto a valores de Royalties. Acho que não é um assunto entre duas nações estranhas e sim povoados que falam a mesma língua, com os mesmos costumes, que compartilham do mesmo litoral, com suas belezas e que não precisam criar um clima de ódio.
Angelo Vale
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