Não importa se o candidato que disputa o cargo de gestor público está numa péssima posição; ele sempre terá seus seguidores e "admiradores". Isso é tão antigo quanto o gesto de apertar as mãos como um ato de cordialidade e isso é política "pura" ou pura política. E essa simbiose eleitor-candidato independe da posição social, do nível escolar ou acadêmico ou até mesmo de embasamentos ideológicos pré-concebidos. Sempre haverá esse elo, que se forma através de um equilíbrio com uma certa complexidade e delicadeza. Os discursos novos ou batidos, lavados com os mais bregas e ridículos clichês são indiferentes para os ouvintes. Os eleitores em um momento de torpor, apenas recebem a informação como alguém que digere um prato de ovo com arroz. E dizer que candidato mente e engana, não é argumento pejorativo. O politico não mente, ele apenas respira e emite o que no fundo mesmo, o eleitor com seu desejo de ser enganado quer. Ao mesmo tempo, também não se pode criticar o eleitor. Eles estão presos a um ciclo vicioso, como alguém dependente de um remédio que não cura. E não querendo pegar carona com a moda do cinema atual, cada líder político tem sua respectiva legião de zumbis seguidores. Eu, como também eleitor, me sinto incomodado pelo barulho das músicas, dos fogos de artificio e das buzinas dos automóveis. Sem poder evitar, eu apeno escuto o que para mim é apenas um "ruído branco".
Angelo Vale
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