Dionísio Dantas de Albuquerque ou simplesmente Dionísio, nasceu em Assu em 08 de Agosto de 1942. Seu pai, um comerciante, foi em busca de novas oportunidades e se mudou com a família para Areia Branca. Desde que chegou em Areia Branca aos 12 anos de idade, para garantir sua renda, Dionísio trabalhou nos mais diversos lugares. Foi Ajudante no Cine São Raimundo, trabalhou em salinas, ajudante em gráfica de panfletos e cartazes, numa fábrica de vinagre (sim, Areia Branca teve fábrica), como motorista, ajudante em aluguel de bicicletas (isso existiu), etc e etc.
Dionísio ficou mais conhecido como fotógrafo social e tudo começou quando comprou uma câmera para iniciantes do ex-prefeito Carlos Soares. Nessa época praticamente só havia além dele outro fotografo, o inesquecível Antônio do Vale. Foi como fotografo que Dionísio entrou na cultura popular areia-branquense. Muitos diziam que ele fazia montagens milagrosas e isso foi nada mais que situações corriqueiras no mundo da fotografia: sobre-exposição e reflexo. Numa dessas situações, ao fotografar um cidadão que estava encostado em uma janela de vidro, percebeu que o reflexo da caixa d'água refletia na janela ao lado do homem e foi assim que a foto foi revelada: "Fui fotografado em um local e apareci ao lado da caixa d'água", disse o homem. Em outros momentos por imprudência, acabou esquecendo de avançar o filme e acabou havendo duas exposições, uma mais forte e outra menos intensa que passou despercebido por Dionísio e assim foi revelado. Dionísio é aposentado, continua morando em Areia Branca com sua esposa e hoje aos 76 anos raramente faz fotografia de eventos, justamente em um mundo cada vez mais dominado por câmeras de celulares.
Angelo Vale
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