domingo, 8 de março de 2020

A TURMA DA VARA - POR RENATO BORGES

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Quanto às minhas férias da adolescência em Areia Branca, eu seguia repetido ritual: mal deixando a bagagem em um dos quartos da casa da minha avó, corria à beira da maré (Rua da Frente) e salinas, para em seguida, após um banho em casa, dar continuidade ao perambular, só que lá pras bandas do prédio da Telern, onde eu sempre conseguia garimpar alguns sorrisos das beldades do meu tope.
Todavia, em certa vez, "a maionese desandou", isto é, a coisa não fluiu bem no tocante a um desses enredos. Fiz tudo nos conformes, como mandava o figurino, pelo menos até a hora do banho. É que, ainda envolto em uma toalha, não consegui me vestir e correr ao suprassumo que costumava satisfazer o suprassumo da felicidade dos meus Verdes Anos: alguém havia escondido minha mochila.
Após meia hora de aperreio, constatando, talvez, meu aperreio, lançou-me tia Nega um esclarecimento que não se transformou na solução que eu tanto esperava:
--- Não queremos que você saia --- Queremos te proteger da Turma da Vara (uns malandros que adoram meter a sarrafada em paqueradores como você).
Eh!... Eu que tantas vezes fui caçador de sorrisos; na citada vez passei, em teoria, a figurar como caça... Caça da famosa Turma da Vara.

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