sexta-feira, 8 de abril de 2016

O AROMA DE FEZES E LAMA QUE O POVO DE AREIA BRANCA HERDOU

Caminhando pelas ruas, percebo que que nunca tinha visto tanta lama, cheiro de fezes e água podre pelas ruas. Ao mesmo tempo que sinto esses aromas desagradáveis, começo a perceber que o povo de Areia Branca está perdendo o poder de distinguir um aroma agradável de um aroma de podridão e sabemos que o povo quando castigado, acaba se acostumando a todas as mazelas. Antes o que era uma exceção, hoje é uma regra. A cidade está começando a entrar dentro de uma enorme poça lamacenta e hoje não vejo nenhuma reação para que mude isso. As eleições estão chegando e os políticos estão em busca do poder que vem da população, que é o voto. Apesar de ser um momento de oportunidade para que uma renovação venha a ser consumada, os resquícios da velha politica ainda é muito vivo, numa espécie de neo-coronelismo mórbido. Sem o sentimento da insatisfação se torna difícil vencer as barreiras do comodismo e da aceitação da degradação urbana e social. Sempre haverá tempo para que uma mentalidade obtusa e ultrapassada seja deixada para trás, mas precisamos de esforço para que essa conquista venha cedo e de forma menos traumática possível. Apesar do clichê, a ideia que o povo tem o poder de mudar ainda continua mais atual do que nunca, basta aprender a usa-lo.

Angelo Vale


"Castelo-símbolo" de uma geração

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