terça-feira, 24 de janeiro de 2017

ANÁLISE: TODO CARNAVAL TEM SEU FIM


Não existe época festiva que seja mais badalada e movimentada que o carnaval no Brasil. Um período de 4 dias ou as vezes mais, onde algumas máscaras caem e outras são usadas, se tornou um momento "mágico" para o povão de todas as classes. Aqui em Areia Branca, o histórico da festa remota a mais de 70 anos e sempre foi um movimento das ruas, alguns bailes fechados e sempre regados a motivadora bebida alcoólica.  Dos anos 90 para cá, criou-se a ideia que esse momento deveria ser preenchido com investimentos pesados em artistas de outros lugares e famosos, com a premissa que os mesmos com força de atrair o público das cidades circunvizinhas e dessa forma aquecer o comercio local. Porém, muitos não saibam os custos que um carnaval acarreta ao contribuinte de impostos (nós). Nessa época o atendimento medico aumenta cerca de 200%, incluindo intoxicação por alimentos, bebidas e acidentes e em alguns momentos casos de violência. Para termos uma ideia, um acidente de estrada, custa aos cofres públicos até 90 mil reais e quando a vítima vai a óbito, o gasto acaba não sendo eficiente. Se confrontarmos o ganho comercial com o gasto público, cairá por terra a tese que carnaval trás lucro para a sociedade.  O turismo não pode depender de apenas quatro dias em um ano.  É preciso estimular um turismo sustentável ao longo de toda uma época propícia ao turista. Apesar de alguns decretarem o fim do carnaval, ele continua muito vivo na cidade, apesar que todo carnaval um dia terá seu fim.


Angelo Vale

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