Atualmente
sempre há postagens sobre a implementação de câmera de segurança numa parceira
entre a prefeitura e a CDL de Areia Branca. Pesquisei estatísticas e matérias
sobre a eficiência das câmeras na prevenção de crimes. Em muitos lugares onde
as câmeras foram instaladas, elas acabaram servindo para se tornar um cruel
"reality-show", onde quem monitora as imagens acaba ficando
impotente ao ocorrido, já que não há poder de reação imediata. Para o sociólogo Sergio Adorno, do Núcleo de Estudos
da Violência da USP, há um “mito” de que a câmera resolve o problema sozinho. Pesquisas mostram alguma eficácia das câmeras em prevenir
crimes contra o patrimônio, mas não há nada que indica sucesso em relação a
crimes violentos, alerta a diretora-executiva do Instituto Igarapé, Ilona
Szabó. Por isso, ao implementar um auxiliar para ajudar a prevenir crimes,
deve-se planejar quais serão as soluções tomadas a partir das imagens que forem
mostradas. Alguns falam da migração do crime, onde as zonas monitoradas afastem
os delinquentes para outras áreas da cidade. Outros afirmam quem sem um
policiamento preventivo nas ruas, as câmeras são meros paliativos. Aqui na
cidade, apesar de não haver um monitoramento nas ruas, muitos comerciantes já
usam câmeras em seus estabelecimentos e mesmo assim os assaltos ocorrem com
frequência. Portanto, a experiência em muitas cidades cujas ruas são
visualizadas 24 horas por centenas de câmeras, mostra que o delinquente a
principio se sente intimidado com seu possível monitoramento, e mesmo
assim comete o delito. Espero que ações novas sejam criadas concomitantemente
com o uso das câmera, pois até agora nada ainda substitui a policia nas ruas.
Angelo Vale
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