Já estive em vários municípios do estado, alguns com cerca de cinco mil habitantes e outros com mais de 25 mil. Em todos no que ser refere a estrutura hospitalar, percebi que eram dependentes de serviços mais amplos e de mais recursos de um centro maior. Em todos eles o atendimento era limitado, mas dentro dos limites tentavam respeitar o básico que pode ser oferecido em um hospital de pequeno porte. Quando estive no hospital de Baraúnas (não estava doente) ao voltar para Mossoró em um carro que prestava serviço a prefeitura, outra passageira estava com suspeita de fratura na tíbia, algo que com um simples exame de Raios-X poderia ser verificado, mas não existia esse equipamento e se existisse não estaria funcionando. Quando é construída uma estrutura física que é preenchida com um pacotão de promessas que tendem a impressionar a população e levar os mesmos a uma realidade que não se verifica na prática, acabam sendo manipulada por falácias e discursos que ganham força em véspera de eleição. Não adianta! Não adianta vender algo e entregar um produto bem abaixo do esperado. Não adianta comprar aparelhos de Ultrassom e Tomografia se não vai ter dinheiro para pagar profissionais para manter o serviço. Não adianta vender ilusão, quando nesse momento o que mais se necessita é de um serviço básico de qualidade que supere os serviços oferecidos por uma UPA. E enquanto nada for resolvido e os mesmos políticos alimentando as pessoas com as mesmas promessas, o simples direito de nascer em sua cidade demorará a acontecer.
Por Angelo Vale
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