quarta-feira, 13 de abril de 2016

O INCIDENTE DA ESCOLA DESEMBARGADOR SILVÉIRO SOARES

O ano era 1990 e na escola estadual Desembargador Silvério Soares a tranquilidade e a rotina era algo mais do que esperado... até que um dia foi quebrado por um evento que assombrou todos os estudantes daquele estabelecimento de ensino. O relato que segue agora, foi extraído de uma entrevista com a Sra. Araci Bezerra do Vale, professora aposentada e na época diretora da escola e faz jus a um filme de terror. Agradecemos desde já a Sra. Araci pela atenção prestada ao blog "areia branca é nossa".

Na época de 1990, a escola ainda tinha esse aspecto. Hoje a mesma foi transferida para outro prédio.

Era uma tarde tranquila como muitas outras na escola Desembargador Silvério Soares, e na sala do terceiro ano do ensino médio, os alunos estavam ocupados com seus afazeres. Nunca e jamais era esperado que em uma sala de aula pudesse ocorrer tais eventos. Cadeiras atiradas ao chão, gritos, objetos arremessados, alunos saindo em desespero da sala e uma estudante agressiva correndo pelas ruas da cidade ameaçando se atirar no rio, fato que não ocorreu devido a pessoas que mesmo com dificuldade detiveram a aluna, impedindo a ação.  A Diretora Araci que estava de licença médica foi chamada até a escola "pois estava ocorrendo um problema sério". Para a Diretora não havia explicação para tal atitude de uma aluna que nunca apresentou tal reação ao longo de anos na escola. Assim que o incidente terminou, a Sra. Araci achou melhor encerrar as aulas naquele momento, pois muitos alunos estavam assombrados com o ocorrido. Os dias passaram e a Diretora Araci com outros professores começaram a investigar a razão para tamanho descontrole e através dos próprios estudantes, descobriu que cinco alunos, incluindo a do incidente, estavam indo ao cemitério e sobre o tumulo de uma amiga que havia morrido em um acidente em 1989, procuravam invocar o espírito da garota falecida através de jogo semelhante ao que se utiliza um copo com a intenção de obter contato com os mortos. Depois desse incidente onde muitos alunos achavam que a aluna estava possuída, tudo aparentemente voltou a normalidade. Dias depois o fenômeno ocorre novamente, mas com um impacto menor. Depois do segundo incidente que afetou de forma traumática todos os estudantes da escola, muitos alunos começaram a se afastar com a ideia de que a escola estava mal-assombrada. Foi nesse momento que a Diretora sem saber o que fazer, recebeu conselhos para que houvessem reuniões em centros conhecido como mesa branca onde a mesma aluna apresentou atitude similar ao da escola. Nessa mesma época foi realizada uma missa campal no pátio da escola. A Sra. Araci conta que durante essa missa teve uma sensação estranha que a mesma ainda lembra, mas que considerou um fato isolado. Entre reuniões espíritas e visitas do pároco tudo parecia voltar a normalidade e os alunos já estavam esquecendo os incidentes quando a mesma aluna começou a ter o mesmo comportamento. Nessa terceira vez, a Diretora pensou em tomar um atitude radical e mesmo durante o incidente pediu para chamar a aluna. A mesma foi chamada e chegando a sala da diretoria foi perguntada por que ela ainda continuava agindo daquela forma depois de tantas orações, doutrinações e conselhos dos religiosos. A Diretora então disse: "Olhe, se você continuar a se comportar dessa maneira, eu não terei outra escolha a não ser expulsar você da escola, pois caso contrário a escola vai acabar fechando". A aluna voltou para a sala de aula e a partir dai, não ocorreu mais o fenômeno. Para a Diretora Araci foi o "ano letivo mais longo" que ela já trabalhou e não via a hora do mesmo terminar. Perguntado a  ex-Diretora o que de fato aconteceu naquela época, ela foi enfática em responder: "Eu realmente não sei, mas não descarto a possibilidade de fenômeno sobrenatural". O ano terminou e aquele incidente ficou no passado, na imaginação e na cultura popular da população de Areia Branca.
Angelo Vale

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