Há uma verdade imutável no universo do que é publico: o dono é quem paga impostos. E aqui se paga impostos feito loucos, ou melhor (ou pior) feito escravos. Para o escravo pagador de impostos que quer um serviço de melhor qualidade é preciso que se pague duas vezes. Paga-se pelo serviço público sem usa-lo e paga-se pelo serviço particular que sem pensar podemos dizer que sairá bem mais barato e de melhor qualidade. Dentro dessa escravidão tributária acompanha o baixo nível de exigência. Aceita-se com suavidade tudo que é oferecido de baixa qualidade e muitas vezes com infraestrutura baseada nos limites da pobreza e na sensação de que tudo que é entregue é um favor, ou beneficio assistencial. Essa filosofia vem sendo arrastada e lançada nas mentes dos brasileiros durante muito tempo, principalmente nas comunidades que remetem ao velho e amargo coronelismo. Dentro desse universo, sentir-se pobre e desvalorizado diante tanto anos de impostos extirpado tem sido o objetivo dos governos. Já estive em cidades de grande organização estrutural e onde o nível de exigência é maior, mas isso acaba sendo uma exceção. Essa sensação de escravidão que muitos mantem ao mesmo tempo que rios de dinheiro continuam fluindo dos seus bolsos é a grande mazela de uma sociedade ainda perdida. Somos os pobre-ricos do Brasil... para sempre?
Angelo Vale
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