Existe uma coisa que falta em muitos servidores públicos quando o assunto é compromisso e seriedade. Como o nome já diz, servidor público tem que servir a comunidade da melhor maneira possível, dentro dos recursos oferecidos pelos gestores para que o trabalho flua bem. Dentro dessa conjuntura, há o sincero e legitimo descontentamento do servidor quando direitos não são cumpridos como deveriam. A revolta do servidor surge por várias razões e uma delas é a questão salarial e até talvez seja a principal. Quando os não compromissos salariais não são realizados, pensa-se logo em greve. E ela acontece. Acontece em assembleias sindicais, com muitos exaltados prontos para a "guerra". SQN (só que não). Se não podemos generalizar a falta de compromisso dos servidores em seu setor de trabalho já que quem só pode verificar é o usuário do serviço, a mesma coisa não podemos falar do servidor grevista. Não existe o compromisso nem com a própria consciência na hora de decidir pela greve. Servidor que não tem a capacidade psicológica e nem aptidão de manter um estado de greve, deveria se afastar de qualquer movimento sindical. Brincar de sindicalizado pode parecer coisa de adulto, mas é bastante ridículo. E depois de tantas greves falidas e sempre com a possibilidade se surgir mais uma, resta apenas ignorar o barulho. Talvez uma não tão nova premissa faça cada vez mais sentido: deixar o silêncio falar mais alto.
Angelo Vale
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