terça-feira, 31 de dezembro de 2019

HOMENAGEM AO AMIGO JOSÉ FRANCISCO FERREIRA



Faleceu no dia de hoje (31/12) o amigo José Francisco Ferreira, bastante conhecido pelos areia branquenses. Chamado por muitos como Professor Ferreira, exerceu a função de radialista e atualmente exercia a função de pastor de uma denominação evangélica em Areia Branca. Tinha um programa de grande audiência na extinta Radio Gazeta na década de 90. O mesmo contribuiu alguma vezes para esse blog e como tinha a habilidade da crônica e da poesia, uma homenagem justa seria repostar uma de suas crônicas. A crônica a seguir foi escrita em 2016 e publicada neste blog que eu intitulo "Quero voltar para minha ilha":


"Eu nasci em Areia Branca, numa Areia Branca diferente, pequenina, simples, sem petróleo, sem porto Ilha, sem asfalto, sem carros, sem estradas, sem supermercados, enfim, eu nasci numa ilha. Uma ilha cheia de amigos, cheia de vizinhos, que se conheciam pelo nome. Existia a Rua da Frente, a Rua do Meio, a Rua de Trás, a do progresso, o Alto do Urubu, o canal do mangue, a ilha do Cipó, a ilha dos Garrafões, o Bico Torto. Lembro também dos grandes moinhos das salinas, do tirol, do trem que partia de porto franco, dos pastoris, das tertúlias, das frevanças, dos assustados, da bicharada de Brando Gama, do São Paulo de Miguel do cruzador, de seu Romão, do Vasco de puxadinho, do grêmio de Pelezão, do santos de Zacarias. E de gente, muita gente: os Brasils, os Tavernard, os Ramos Pimentéis, os Soutos, os Araújos, os Lourenços, os Vales, os Figueiredos, os Rebouças, os Barbosa, os Silvas, os Souzas, os Ferreiras, os Rodrigues, os Santos, os Góis, os Custódios, os Beléns, os Cirilos e tantos outros. Hoje parece que temos tudo o que não tínhamos antes, ao mesmo tempo, parece que não temos nada. Que saudade da minha ilha. Quero voltar para a minha ilha."


Um comentário:

  1. Coincidentemente foi num dia 31 de Dezembro, que parti dessa mesma Ilha onde viveu o nosso ilustre conterrâneo, o Professor José Ferreira, ao contrário da sua partida, desejoso de realizar os sonhos de um jovem cheio de esperanças - o ano 1958. Não o conheci, mas, pela descrição do "Areia Branca é nossa!!!", é merecedor do meu apreço e admiração pelo seu trabalho profissional.
    Meus sentimentos de pesar aos familiares e amigos.

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