As nossas crianças estão desprotegidas. Talvez nunca como antes. Na atual situação, talvez mais sujeitas aos perigos que poderiam ser evitados e nunca são. E o resumo da história é simples: Servidor incapaz mentalmente é afastado do seu trabalho e com uma facilidade impressionante, adentra o espaço dos pequeninos e comete a tragédia. Se não teve amor pela própria vida, terá para a de outra pessoa? Portanto, repito: nossas crianças estão desprotegidas. Creio que seja até bobagem apontar as falhas ou pontos omissos no quesito segurança nas escolas e creches, mas elas existem. Praticamente não há câmeras de segurança em quase nenhuma creche pública no Brasil e muito menos um sistema contra incêndios. Em caso dos professores e crianças precisarem evadir do local com urgência, não há passagens adequadas que permitam isso. No caso em Minas Gerais, não teve mais vítimas fatais porque o servidor desequilibrado não tinha meios para isso. Como solução e para a infelicidades das boas pessoas, se faz necessário aumentar a burocracia, tanto para a entrada como para a saída de alunos e tornar aquele local onde os pequeninos dão os seus primeiro passos no mundo da educação uma fortaleza. Em Areia Branca, infelizmente estamos também longe desse ideal e acabamos esperando que o acaso nos ajude. Ironicamente, apesar de toda dor, revolta e angústia, resta algo de positivo: a professora Heley Abreu sacrificou sua vida em prol do pequeninos. No mundo poucas pessoas são capazes disso e ações como essa são o exemplo extremo do amor ao próximo.
Angelo Vale
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