domingo, 12 de novembro de 2017

AIDS A UM PASSO DA CURA



Desde que os primeiros casos apareceram no começo dos anos 80, que uma histeria de medo e pavor se espalhou pelo mundo. Coberto de muito preconceito e a ainda a falta de conhecimento, a doença era um assinado de pena de morte e não era para menos. Os primeiros infectados com o vírus HIV contraiam doenças aparentemente curáveis que mesmo com o tratamento convencional e correto não obtinham melhora. Naquela época não havia meios de detectar o vírus HIV e a forma como ele agia no organismo. Desde então mais de 25 milhões de pessoas morreram no mundo por causa da AIDS. A epidemia se espalhou ironicamente devido ao desenvolvimento dos meios de transporte e crescimento das cidades. Se tornou muito mais fácil o vírus viajar de um país para outro através de avião e outros meios que se tornaram mais eficientes. E isso acabou refletindo no comportamento sexual de toda uma geração. Como o vírus atual destruindo as células do sistema imunológico, uma simples gripe era motivo de grande apreensão. A primeira tentativa de combater o vírus começou em 1986 com a criação do medicamento AZT que tinha baixa eficiência. Depois surgiram a combinação de vário deles (os coquetéis anti-retrovirais) com uma eficiência de cerca de mais de 90%, fazendo com que o vírus permanece inativo no organismo. Há outros vírus que se escondem no organismo e se manifestam algumas vezes com uma variação da doença. É o caso do vírus da varicela (catapora) que após os sintomas irem embora, continua escondido no organismo humano e pode reaparecer eventualmente como Herpes Zoster. 


A VACINA:

Uma vacina produzida em 2016 pelo laboratório Janssem nos estados Unidos e ainda em fase de testes mas com resultados bastante promissores. Todas as pessoas que foram cobaias nos testes apresentaram aumento da resposta imune (anticorpos). Ainda não se sabe na prática qual seria a eficiência no controle do vírus no organismo humano, mas uma eficiência de 50% a 60% seria uma grande conquista. Os testes com pessoas com alto índice de infecção deverão iniciar em 2018 em países do sul da Africa. Se a vacina for bem sucedida, essa deverá ser a primeira de outras que virão com eficiência ainda maior. Dessa forma espera-se que em 20 anos a AIDS seja tão preocupante como foi a tuberculose no começo do século 19.


Angelo Vale

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