quinta-feira, 16 de novembro de 2017

O PÉ DE PIROCA - POR RENATO BORGES

A imagem pode conter: árvore, planta, pássaro, atividades ao ar livre e natureza

A cidade de Areia Branca sempre foi conhecida por possuir um carnaval espetacular, isto é, um dentre os melhores do Rio Grande do Norte.
Assim, nesses dias de folia, praticamente, não há uma casa na cidade que não abrigue um visitante ávido em engrossar as fileiras da animação.
Por esse fio de conversa, lembrei-me de um engraçado episódio, um que ocorreu nos idos do Carnaval de 2008. Lembro-me que a casa da minha avó estava abarrotada de parentes e amigos de outras cidades e que alguém resolveu fazer na hora do café da tarde, uma espécie de check-list no tocante aos convidados. Afinal, muitos estavam ali pela primeira vez.
Ora, após a tal checagem, tudo estaria perfeito não fosse o sumiço de Lisinha (optei em usar tal nome com o objetivo de não constranger a envolvida).
Com o intuito de por fim a preocupação que tomou conta da casa, grupos de patrulhas foram montados. Era preciso encontrar Lisinha... e rápido.Todavia, já era hora do jantar quando, um a um, cada grupo retornou das buscas sem boas notícias, ou seja, nada de Lisinha.
Pela aflição que se instalara, ninguém conseguia levar uma única colher de sopa à boca. Foi aí que, como luz de fósforo acesa em quarto escuro, veio a ajuda divina: alguém que parecia alheio aquele aperreio todo adentrou no ambiente esclarecendo o sumiço da visitante:
--- Pessoal... Vocês estão atrás de Lisinha?... --- Pois saibam que ela está abobalhada desde as duas horas da tarde embaixo do pé-de-piroca!
Tudo era verdade. Corremos à Pracinha da CODERN (ou TERMISA) e lá estava, de fato, Lisinha embaixo da estranha e famosa árvore, como se estivesse pacientemente esperando alguma fruta amadurecer.



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