quarta-feira, 21 de março de 2018

O CHORO DO VENDEDOR DE DINDIM - POR RENATO BORGES




Quando a moda dos dindins chegou a Areia Branca foi um sucesso relâmpago e estrondoso, só se viam plaquinhas grudadas nas paredes de muitas casas, tipo: "Aqui se vende dindin", além das ruas afigurarem-se infestadas de pequenos vendedores com suas caixas de isopor cheias com os tais picolés nos saquinhos.
Como uma coisa leva a outra, lembrei-me de curto, mas cômico episódio. Sobre o mesmo, prefiro salvaguardar os nomes dos santos envolvidos, atendo-me apenas ao milagre, isto é, à tal história que tentarei dividir com vocês.
É que havia um morador de proporções gigantescas, um cabra que certamente pesava acima dos cento e vinte quilos, além de ostentar um corpinho que mais parecia um guarda-roupa.
Como se desafiasse a lei da gravidade, a tal figura sempre era visto se deslocando com sua "buzanfa" enorme" encima de uma motocicleta.
Numa dessas, ele para a tal moto, chamando, em seguida, um garotinho que passava vendendo dindim. Como se os tais picolés conseguissem matar sua fome, chupou um, outro e tantos mais.
De repente, ao constatar que o tal vendedor até soluçava de tanto chorar, tenta acalmá-lo:
--- O que foi garoto?... --- Por acaso você está pensando que eu não tenho dinheiro para lhe pagar?
E o pobre menino, ainda às lágrimas elucida a questão:
--- Não é isso!.... --- É que eu pensava que você queria me "cumê".
É leitor, Areia Branca só é pequena, mas tem cada história. kkkkk

Nenhum comentário:

Postar um comentário